4 anos e 100 dias depois, volta a júri popular um dos envolvidos na morte de “Antonio Coveiro” contratado para soltar foguetes na campanha de Felipe dos Pneus em 2020
Antônio Coveiro foi morto em 12 de setembro de 2020 por homens que trabalhavam na campanha de Felipe dos Pneus
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Quarta Vara de Santa Inês realiza dois julgamentos nesta semana
Por Michael Mesquita
Ilustração CGJ
O Poder Judiciário da Comarca de Santa Inês, por meio da 4ª Vara, programou para esta semana duas sessões do Tribunal do Júri, nos dias 3 e 4 próximos. Na primeira sessão, o réu será Israel Bastos Marques, acusado de ter matado José de Jesus da Costa, com 15 golpes de faca, fato ocorrido em 2 de maio de 2021. Já na segunda sessão, o réu será Raelson Emanuel Galdino, sob acusação de ter, junto com mais dois homens, matado Antônio Alves Gomes, em 12 de setembro de 2020. As sessões de julgamento serão presididas pelo juiz Raphael Leite Guedes, titular da unidade judicial e ocorrerão no salão do júri do Fórum de Santa Inês
PRIMEIRO JULGAMENTO – Sobre o primeiro caso, a polícia apurou que, na madrugada da data citada acima, o denunciado havia encontrado a vítima momentos antes do crime, tendo pedido que ela comprasse para ele R$ 50,00 em pedras de “crack”. Na ocasião, Israel deu 100 reais a José, dizendo que não queria que sua mãe descobrisse que ele era usuário de drogas, e que por isso não poderia ir comprar os entorpecentes pessoalmente. A vítima, então, comprou as drogas, mas não as devolveu ao denunciado, tendo entregado a ele apenas o troco de R$ 50,00. Por causa disso, Israel teria saído para buscar uma faca que estava enterrada em um matagal na Vila Cabral, retornando logo em seguida e, de imediato, partido para cima da vítima para recuperar seus entorpecentes. Ele teria acertado diversos golpes de faca contra a vítima, tendo se evadido logo em seguida sem levar as drogas. Posteriormente, o denunciado se desfez da arma do crime e foi até a rodoviária, onde ficou andando pelo local. Em depoimento, o denunciado confirmou a autoria do crime.
CASO DE ANTÔNIO COVEIRO – Sobre o segundo júri, a denúncia do caso relatou que, em 12 de setembro de 2020, no bairro Sol Nascente, Raelson, em companhia de mais dois homens, teria assassinado Antônio com um disparo de arma de fogo. O crime foi cometido próximo à Delegacia de Polícia Civil da cidade. Seguiu narrando que, no dia do fato, a vítima havia sido contratada para “soltar foguetes” durante uma convenção partidária que acontecia em Santa Inês. Na oportunidade, levantaram a suspeita de que Antônio teria subtraído um aparelho celular, de propriedade da mulher de nome Rosângela. Ao tomarem conhecimento do furto do celular, Raelson e os outros dois homens, que portavam armas de fogo, resolveram, por conta própria, apurar o caso, oportunidade em que levaram com eles a vítima Antônio em um automóvel S10. Eles foram, então, à residência de Antônio, onde realizaram buscas e ameaçaram a esposa da vítima. No entanto, não encontraram o referido celular. Raelson teria colocado a arma na cabeça da mulher, na frente de seus filhos, proferindo ameaças. De igual forma, a todo tempo, os denunciados diziam que, caso o celular não aparecesse, matariam Antônio Alves. Ato contínuo, os três denunciados, levando Antônio, foram até um posto de mototáxi próximo ao mercado da cidade, onde localizaram e recuperaram o aparelho, o qual teria sido entregue pela vítima a um mototaxista. De posse do celular recuperado, os três denunciados disseram para a vítima que a levariam para a sede da Delegacia Regional de Polícia Civil. Todavia, em razão do veículo não ter entrado na sede da Delegacia Regional de Polícia Civil, Antônio Alves Gomes teria segurado e puxado o volante da caminhonete, provocando a colisão do veículo na porta de uma casa. Foi apurado que, nesse momento, um dos homens, identificado como Welison Alves, teria disparado, atingindo as costas de Antônio. Em seguida, eles teriam levado a vítima para a localidade “Lago do Palmora”, afastado e de difícil acesso. Por lá, teriam deixado o corpo de Antônio. Depois de supostamente terem ocultado o cadáver da vítima, os homens foram interceptados pela polícia, momento em que foi localizada apenas uma arma de fogo, tipo revólver, calibre 38, municiado com cinco cápsulas intactas, que estava sendo portada por Wedson Alves dos Santos. O corpo de Antônio foi encontrado dois dias após o crime, devido ao odor que exalava nas proximidades. O Judiciário já havia realizado o julgamento dos homens, mas os júris de Welison e Raelson foram anulados pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. Welison já foi julgado e recebeu a pena de 9 anos e sete meses de prisão. Júri 1 Processo 0802806-11.2024.8.10.0056. Júri 2 Processo 0000593-07.2020.8.10.0056
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