Mhario Lincoln
De Mhario Lincoln o texto, “A Natureza Outona, O Cão e o Futuro”
Por: Mhario Lincoln
Fonte: Mhario LIncoln/Linda Barros
Linda em sua contemplação.
*Mhário Lincoln. Escritor e Jornalista. Presidente da Academia Poética Brasileira
Linda Barros, imersa na contemplação do mundo à sua volta, nesta fotografia, responde: há uma imensa responsabilidade, sine qua non, daqueles que amam, em orientar as novas gerações para uma relação saudável e equilibrada com a tecnologia. (MHL).
Desdobro as páginas virtuais do Instagram, onde se revela a presença da poeta e ativista cultural Linda Barros. Eis que me deparo com uma fotografia singular e notável: lá está ela, em meio ao cenário frondoso de árvores nativas, envolvida por uma vegetação exuberante, dedicada à contemplação da passagem serena de um cão branco, que caminha devagar diante dessa magnífica paisagem, com maestria, dentro do conceito de liberdade.
Linda, a poeta, assenta-se sobre um tapete cor-de-rosa, imersa em um ambiente natural e sereno, integrando-se harmoniosamente ao Outono, no qual diversas espécies de rosáceas mergulham em seu período de hibernação, preparando-se para o inverno. Ela mesma parece fazer parte desse ciclo natural de crescimento e preparação para a próxima temporada de sua lírica floração.
Um ambiente tão sublime, indubitavelmente, desencadeia uma multiplicidade de reflexões filosóficas sobre a interação entre a natureza, a tecnologia e o destino das futuras gerações. Essas reflexões encontram solo fértil na mesma fotografia, onde um bico injetor d’água, controlado por equações eletrônicas, se insere nesse cenário de beleza e tranquilidade.
Nesse contexto, a passagem do cão, aparentemente indiferente a seu entorno, assume o papel de uma metáfora intrigante para a condição humana. Assim, nesse momento imerso em meditação, os insigths são compelidos a ponderar sobre o mundo ao qual seu neto, o pequeno Levi Neres Gonçalves, primogênito de Laura Barros e Thomas Gonçalves, deverá se adaptar, em meio a uma era de rápida evolução tecnológica, onde as variedades virtuais e os sistemas de inteligência artificial permeiam cada vez mais a vida de cada indivíduo.
Por conseguinte, a foto da contemplação de Linda Barros, sentada sobre o tapete de flores cor-de-rosa, imersa em um ambiente natural e sereno, assume uma importância singular. Suas expressões faciais delineiam a confiança de que as novas gerações serão capazes de empregar essas tecnologias de forma saudável e equilibrada.
Assim, a poeta vislumbra um futuro em que o domínio das ferramentas tecnológicas coexistirá harmoniosamente com a sabedoria e o respeito pela natureza. E Levi, o pequeno Levi, cujo nome respeitável tem origem hebraica, remetendo à tradição bíblica de ser um dos responsáveis pelos serviços no Templo e pela manutenção das leis e rituais religiosos, certamente será abençoado e tomará a forma de um conector entre a razão humana e a solidez da evolução homocinética da nova vida.
Dessa forma, ao fazer referência às coisas de Deus, Linda Barros tem a convicção de que, ao cabo, todas essas inovações e criações humanas devem se encontrar em consonância com a ordem natural e Divina do mundo.
Por outro lado, a presença marcante da natureza na cena descrita, com suas flores, o céu límpido e o silêncio sereno, desempenha um papel de destaque nessa reflexão filosófica interior. Talvez, essa natureza sirva até como um contraponto à tecnologia, oferecendo uma espécie de antídoto para a agitação e alienação frequentemente associadas ao progresso tecnológico.
Já o caminhar solitário e singular do cão branco, que infunde paz ao planeta, acaba por representar a busca de um equilíbrio entre a presença humana e a harmonia natural. Desse modo, emerge uma questão fundamental: como podemos desfrutar dos benefícios e avanços proporcionados pela tecnologia sem comprometer nossa conexão com a natureza e o futuro de nossas crianças?
Linda, imersa na contemplação do mundo à sua volta, nesta fotografia, responde: há uma imensa responsabilidade, sine qua non, daqueles que amam, em orientar as novas gerações para uma relação saudável e equilibrada com a tecnologia. Isto é, pela força pessoal e sabedoria dos mais experientes, em relação aos mais jovens que se constrói um futuro no qual as maravilhas do progresso humano se harmonizam com a ordem divina e a beleza da natureza, trazendo paz e plenitude ao nosso planeta.
Deste modo, ao imergirmos na fusão entre o ser filosófico, o ser natural e o mundo tecnológico, vale recordar as palavras de Bill Bowerman, co-fundador da Nike: “A tecnologia é apenas uma ferramenta, e a natureza é a força suprema de todas”.
A complementar essa ideia, chamo para a mesma mesa, Leonardo da Vinci, que sugere que a tecnologia, para ser verdadeiramente benéfica, deve estar enraizada na compreensão e harmonia com a natureza, ao invés de buscar substituí-la: “O verdadeiro conhecimento vem da natureza e a ele retorna”.